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Holambra Holambra (9): Tornando cidade

door Mari Smits

Nos primeiros anos de imigração, o transporte era muito precário e para adquirir produtos necessários, uma lista de compras era feita de forma coletiva. Uma ou duas pessoas fariam as compras para todos. E quem fosse fazer as compras, seguia de cavalo até o “grote weg” ( estrada grande SP340), geralmente levando seu cachorro para ‘vigiar’ seu cavalo amarrado lá na porteira, enquanto seguiam de ônibus para Campinas. Mas logo um mercadinho foi montado e vendedores da região, passavam uma vez na semana para abastecer as prateleiras, com diversos produtos.



Até os anos de 1980, Holambra era uma pequena comunidade sem grandes problemas de nível social. E havendo problemas, tudo era resolvido pelas comissões formadas por voluntários, em varias áreas como saúde, esporte, igreja ou cultura. E era a Cooperativa que auxiliava financeiramente todas as ações, destas comissões.



Exemplo disto foi o asfaltamento das duas principais ruas da comunidade, a Rota dos Imigrantes e a Mauricio de

Nassau, em 1980. Um alívio para os dias de chuva e para a poeira. Aproveitando as máquinas, moradores da ‘Campo de Pouso’ se uniram para asfaltar essa rua também.  A Cooperativa se responsabilizava pela conservação de estradas vicinais.   Também implantou o abastecimento e tratamento de água, a iluminação pública em ruas centrais e cuidou junto a empresas, a vinda de energia elétrica para todos e a telefonia. Esta chegou para todos em 1979 e de forma experimental no Brasil, foi de forma subterrânea a passagem dos cabos. Era moderno, mas não funcional. Recordo-me, por ter sido telefonista central da cooperativa, que quando chovia, nenhuma ligação telefônica se completava para fora da Fazenda. Costumávamos dizer que “Não tem tronco!”, o que até hoje não entendo a expressão! Para os diretores administrativos da Cooperativa, ‘não ter tronco’ exaltava seus ânimos, pois enquanto a chuva caia, não era possível comunicação com os entrepostos e Ceasas, ficando assim todo o trabalho parado.

Não era só na telefonia que a chuva era um transtorno. Até 1980, entrar ou sair da Fazenda Ribeirão em dias de chuva, fosse para Artur Nogueira ou o lado oposto, era uma aventura. Já os jovens que estudavam fora, agradeciam pelas águas vindas do céu, principalmente em dias de prova. Até que, o então Governador Paulo Maluf, mandou asfaltar a SP107, ligando Santo Antonio de Posse a Artur Nogueira, a pedido de uma moradora a quem o Governador era muito grato. Mas essa é uma outra longa historia.

Para os assuntos municipais e de cartório, a comunidade se dirigia para Jaguariúna, mas a então Fazenda Ribeirão se localizava nos limites de mais três cidades, Artur Nogueira, Santo Antonio de Posse e Cosmópolis. Tinha quem morasse no centro, com casa em Artur Nogueira, levava seus filhos na escola em Jaguariuna e ia na quitanda em Santo Antônio de Posse, tudo a poucos passos de distancia. No entanto, os impostos pagos a estes municípios, quase nada era retornado em melhorias para a Fazenda.



A comunidade então se uniu na luta pela emancipação política, conseguindo em 27 de outubro de 1991, realizar com êxito de 96.4% de votos “sim” para o plebiscito. Em 30 de dezembro do mesmo ano, o governador Fleury sancionou a lei nº 7.664, decretando a criação do novo município chamado “Holambra”.

Em 3 de outubro de 1992, a primeira eleição para eleger Prefeito, Vice e nove vereadores, elegeu o jovem brasileiro de apenas 30 anos, Celso Capato, com 45.7% de votos para Prefeito e o imigrante Piet Weel para Vice-Prefeito..



O novo executivo, em curto prazo estruturou a recém formada Prefeitura,  dando prioridades essenciais para as áreas da saúde, educação e infraestrutura. Na área da saúde, ampliou o então postinho de saúde que apenas atendia primeiros socorros. Hoje um exemplo a ser seguido por toda a região, atendendo 24 horas por dia, com médicos clínicos e especialistas e com farmácia de distribuição gratuita de medicamentos. Nos bairros periféricos foram aperfeiçoados os postos ‘avançados’, contando com equipamento odontológico móvel. Além de varias ambulâncias, a prefeitura disponibiliza transporte diário para pacientes que necessitam tratamento em hospitais da região, até os dias de hoje.



A educação recebeu especial atenção com a construção de escolas municipais,  creches nos centro e nos bairros, distribuição gratuita de material escolar, transporte para os alunos e merenda escolar. Foi também implantado o projeto ‘Girassol’ atendendo as crianças em período fora do horário escolar, incentivando atividades diversas como pintura, bordado e esporte. Outro projeto denominado ‘Oficina Abrigada’ começou a atender pessoas especiais, ensinando uma ocupação, com o objetivo de colocação no campo de trabalho.

A qualidade de vida em Holambra não é apenas notada em registros de pesquisas. A tranquilidade e beleza da cidade são notórias. A transformação do solo pobre, pastos e mata nativa encontrados pelos holandeses em 1948, hoje são considerados como o solo com o metro quadrado mais produtivo e caro do país.

Em abril de 1998, Holambra recebeu o título de Estancia Turística e logo se firmou no cenário nacional e internacional como a “Cidade das Flores”.

A união entre os imigrantes e os brasileiros, construiu uma Holambra sinônima de uma forma de vida única! A integração de culturas atrai turistas. A arquitetura, a culinária, os costumes e a historia, são motivos para a visitação de famílias e para pesquisa de estudantes de todo o Brasil.

O trabalho conjunto de holandeses e brasileiros, em período tão curto, transformando uma pequena colônia em uma linda cidade, onde a paz e a segurança caminham lado a lado com a natureza, só poderia resultar na “Cidade das Flores”.



Hoje, por uma coincidência, é o aniversario de nossa ‘cidade’, mas para os que viveram a historia, nossa data comemorativa seria 14-07-1948, o dia em que o Senhor Jan Geert Heymeyer fincou simbolicamente uma pá neste solo, dizendo “Deus, Abençoe o nosso trabalho!”.

O que é consenso entres antigos e novos moradores,  está em uma única palavra: “Orgulho”! Orgulho de ter feito parte da criação, da história e de estar em Holambra!

Na próxima: – Holambra – A Conquista – Crianças e Escola.

Até lá! E não deixe de comentar!

Pesquisa e texto : Catharine Welle Sitta

Bron: https://holambra.nl/?p=1431